DIOGO FOI A LUZ QUE SALVOU DERROTA MAIS PESADA …
Mandam as regras que nunca se comece uma crónica pela meteorologia. Mas a verdade é que esta condicionou bastante o que aconteceu ontem no campo de Vila Verde junto à serra de Sintra. Vento, a soprar de norte, chuva e relvado ensopado. A grande proeza foi o CCD e o Rio de Mouro terem conseguido injetar emoção e espetáculo. Os mais de vinte espectadores presentes assistiram a um duelo de alto nível, sobretudo devido à enorme entrega e ambição de todos os jogadores.
A formação do CCD apresentou-se no campo do Vila Verde sem complexos, mantendo o cariz ofensivo do seu jogo, com Verdasca e Paulo Pinto a formarem um dueto ofensivo muito rápido num esquema de 4-4-1-1.
Nos primeiros 30 minutos o adversário foi mais acutilante que o CCD, a jogar com Hugo lesionado no último treino e com as ausências de Bruno e Paulo Pinto apanhados num engarrafamento. À passagem do minuto 14 um avançado do Rio Mouro deslumbrou-se e desperdiçou uma oportunidade de golo só com Diogo pela frente.
Apesar dos incentivos de Rui Santos, o técnico do CCD, para a equipa pressionar o adversário o mais alto possível, a equipa começou a sentir a irreverência dos avançados adversários. Contra a corrente do jogo, e na sequência de um livre, aconteceu o golo: desentendimento entre Pedro Monteiro e Paulo Pinto a bola a sobrar para um adversário que a introduziu na baliza de Diogo.
Contudo, a equipa reagiu bem ao golo sofrido e através de uma excelente iniciativa de Bernardo e de Verdasca o empate esteve perto.
Diogo. No regresso dos balneários, os locais a adaptaram-se melhor ao relvado, e aumentaram o caudal ofensivo, contudo, sem correspondência no marcador, já que o guarda-redes Diogo Malheiro esteve em grande nível ao evitar o golo em mais de três situações com defesas muito difíceis, para desespero dos avançados adversários.
Daí até ao fim, o jogo manteve-se a um ritmo elevado e ao minuto 76 o adversário ampliou o resultado e praticamente condenou a ponta final da partida a um marasmo sem ideias. O empate seria o prémio justo pela capacidade de luta do CCD, apesar da supremacia adversária que soube aproveitar a infelicidade e os erros do CCD, num jogo com boa arbitragem.
Depois da derrota, a equipa tem uma semana de descanso pelo que o técnico Rui Santos tem a palavra para a recuperação psicológica urgente e imediata tendo em vista a próxima jornada.
Flash interview. “O jogo estava a ser equilibrado e a forma como a equipa se encontrava estruturada produzia os seus efeitos. Não nos limitámos a defender. Da forma como aconteceu aquele golo, acho que fomos penalizados. Mas em futebol estes momentos menos bons acontecem”. afirmou o treinador Rui Santos na sala de imprensa.
- DIOGO EM EVIDÊNCIA
“Destaco-me graças ao valor do grupo”
O guarda-redes Diogo, desvalorizou no final do encontro as boas prestações individuais que tem vindo a alcançar ao serviço do CCD. Cobiçado por vários emblemas, preferiu destacar o contributo dos seus colegas.
“Tenho trabalhado forte, mas não sou apenas eu. Se me estou a destacar é também graças ao grupo, que tem valor e é forte”, confidenciou o jovem guarda-redes, depois do desaire com o Rio de Mouro.
- Equipa do CCD:
Diogo | 4 | · Diogo | |||||||||
C. Mendes | 2 | ||||||||||
P.Monteiro | 2,5 | ||||||||||
Bruno | 1,5 | ||||||||||
Tó | 2,5 | · C. Mendes | · P. Assunção | · Tó | · Cocó | ||||||
P.Assunção | 2,5 | · Bruno 40´ | · P. Assunção | ||||||||
Cocó | 2 | ||||||||||
Bernardo | 2 | · Bernardo | · Rui | · Leonel | · Hugo | ||||||
Rui Santos | 2,5 | ||||||||||
Hugo | 2 | ||||||||||
Leonel | 2 | · P. Pinto 26´ | |||||||||
Paulo Pinto | 2 | · Verdasca | |||||||||
Verdasca | 2 | ||||||||||
Suplentes | |||||||||||
Bruno | 40´ | ||||||||||
Tapadas | - | ||||||||||
P. Pinto | 26´ | Táctica: 4-4-1-1 |
Escala (0- Mau; 5- Excelente)
- Presentes: mulher do Cócó.
- Ausentes: Joaõzinho (a estudar); Martins (motivos pessoais); Quim (lesionado); Carlos Sanches (lesionado); Paulo Santos (a cumprir castigo disciplinar).
- Assistência: 21 espectadores.
- Diogo (4): Encheu a baliza, não concedendo veleidades a quem quer que fosse. Está a tornar-se um caso sério de segurança.
- P. Monteiro: (2,5): Exibiu uma regularidade notável. Fechou bem o corredor.
- Bruno (1,5): Chegou com 15 minutos de atraso, pois devia ter sido titular. Jogou de forma simples e acertada.
- Tó (2): Afinal este também é um nome de…central de classe.
- P. Assunção (2,5): Atingiu uma bitola que há muito se lhe não via a defender. Exibição cheia de personalidade.
- Bernardo (2): Procurou “encher” o miolo, mas foi perdendo o fulgor físico. Encontra-se em fase de “crescimento”.
- Rui (2,5): Um pivô com cultura táctica e bons pés. Não foi por ele que o CCD saiu derrotado.
- Hugo (2): Traído pela lesão, jogou com lentidão, “cheirando” a bola à distância, pese a sua boa leitura táctica.
- Leonel (2): Atrevido no processo ofensivo, encheu o peito de ar e… cresceu mais uns centímetros na equipa titular.
- P. Pinto (2): Escutou assobios logo que entrou pelo atraso ao jogo. Assinou um par de investidas interessantes, e ficou por aí.
- Verdasca (2): Perdeu-se demasiadas vezes em dribles a que não consegue dar sequencia, mas foi sempre abnegado na luta.
- Carlos Mendes (2): Nunca explorou as subidas pelo seu flanco, mostrando-se demasiado preso.
- Cocó (2): Não se deixou intimidar pelas credenciais dos adversários.
CM
Boa noite companheiros
ResponderEliminarSe nos abstrairmos do resultado, que esse por vezes não corresponde ao que se passou em campo, fica no entanto segundo relato do nosso amigo Carlos Mendes a sensação do dever cumprido, isto é, resultado
Não condizente com a exibição, mas por vezes ganham-se jogos que não sabem a nada. Agora com uma semana de folga a rapaziada vai descansar e, o próximo jogo vai correr de feição.
Vamos a eles
Abraço
JM