segunda-feira, 21 de março de 2011

CCD 0 – ESTRELAS DE LISBOA 2

QUERER SEM PODER
 Há uma certa ironia no facto de se chamar Vinícius o autor do primeiro golo do Estrelas de Lisboa, na Ribeira da Lage.
Vinícius é nome de poeta e, no futebol do CCD, não houve, na manhã de sábado, lugar para expressão alguma da beleza que o futebol pode encerrar.
Sem Paulo Pinto, Nilson e Bernardo a equipa encolheu e coube a Paulo Santos, um espectáculo inesgotável, inebriante e perigoso apoiar as investidas de Verdasca.
A equipa de Rui Santos impôs os seus trabalhados mecanismos e, até final, andou sempre próxima de marcar. Aliás, os jogadores do CCD desperdiçaram uma grande penalidade (70´), facto que não deixa dúvidas quanto ao merecido empate. Mesmo assim, ficou a ideia que o CCD poderia ter tentado algo mais para vencer. Notou-se uma equipa dormente e resignada ao pragmatismo do objectivo pequeno de ter de defender o 7º lugar que joga o que resta da época de 2010/2011.
Não será fácil encontrar ânimo e entusiasmo quando já quase tudo está perdido, e o alento que sobra terá de dar para evitar males maiores. Ainda assim, foi com galhardia que os jogadores do CCD se bateram durante todo o jogo e recuperaram, em esforço uma série de bolas.
A equipa das Estrelas de Lisboa mandava, o CCD, bem organizado, sob o comando de Rui Santos, fazia recuar os blocos, jogava compacto e tapava os caminhos da baliza que eram fechados, em ultima instância por Diogo Malheiro.
A transição para o ataque, normalmente conduzida por Paulo Santos deixava no ar a possibilidade eminente de golo. “Paulinho” foi a única coisa a ferver verdadeiramente.
Contudo, foi o conjunto adversário que tomou as rédeas dos acontecimentos, sobretudo em termos de circulação de bola, enquanto os jogadores do CCD estavam demasiado estáticos e com escassa imaginação no último terço do terreno.
Descontente com a reacção da sua equipa, o treinador mexeu na equipa e lançou dois jogadores valiosos da 3ª geração (!!!...), Carlos Mendes e Sanches, mas só com os rasgos individuais de Paulo Santos é que o CCD contornava a muralha adversária. Uma aposta arriscada que deu resultado três minutos depois com um penalti assinalado a favor do CCD mas defendido soberbamente pelo guarda-redes adversário.
O segundo golo do Estrelas, no epílogo de uma obra construída com qualidade, serviu apenas para reforçar a superioridade de uma equipa que agora tem a liderança praticamente assegurada.

Flash interview.Foi um jogo intenso, mas na primeira parte não foi bem jogada, faltando-nos clarividência no último terço do campo. Podíamos ter sido mais felizes…. afirmou o treinador Rui Santos.

  • EXPERIÊNCIA: ESPINHA DORSAL SEM MEDO DA IDADE
Em Itália, tendo o AC Milan como expoente máximo, é vulgar ver trintões em grande forma, sendo que, por vezes, até jogadores na casa dos 40 anos jogam ao mais alto nível. Em Portugal, na equipa do CCD de Lisboa, também há o caso, pouco comum, de 6 jogadores “veteranos” Carlos Mendes, Leonel, Tapadas, Cocó, Sanches e Tó serem atletas de enorme valia que têm dado um contributo muito importante à equipa da segurança social de Lisboa. A experiência que transmitem aos mais novos, por si só, já seria motivo de orgulho, mas, nestes casos, falamos de qualidade nos respectivos papéis.


  • Equipa do CCD:

Diogo
4

·          Diogo


P.Monteiro
3




P. Assunção
4




3
·          P.Monteiro
·          Assunçao
·         
·          Cócó
Cocó
3




Rui Santos
3
·          Hugo
·          Bruno
·          Leonel
·          Rui
Bruno
3




Hugo
3




Leonel
3


·          P. Santos

Paulo Santos
4

·          Verdasca


Verdasca
3




Suplentes





C. Mendes 69´
1




C. Sanches  71´
1






  • Disciplina: cartões amarelo: Hugo; Paulo Santos; Rui; Bruno
  • Presentes: Bia.
  • Ausentes: Joãozinho (continua a estudar…); Martins (motivos pessoais); Quim (motivos pessoais); Bernardo (lesionado); Paulo Pinto (a viajar…); Nilson (a trabalhar) ; Tapadas (a viajar); Simão ( continua a vender bifanas…)
  • Assistência: 26 espectadores

  • CCD UM A UM
  • Diogo (4): Estava a ser fundamental, mas podia fazer melhor no primeiro golo. Mal posicionado, deixou o tiro passar-lhe por baixo. Não se deixou abalar e reagiu com enorme classe aos 36´voando para defender um remate à queima e negou o golo por duas vezes com defesas fenomenais.
  • P. Monteiro (3,5): Foi um autêntico motor de alta rotação, sempre sem parar. Não se deixou amedrontar e ganhou inúmeros duelos optando por processos simples.
  • Bruno (3): Iniciou a partida num lugar diferente mas sempre com intervenções importantes, realizando cortes de bom nível. Manteve o seu estilo mesmo com limitações físicas e não se deixou inferiorizar.
  • Tó (3): Com enorme espírito de sacrifício aguentou-se bem a defender. Jogou de forma simples tentando limpar a sua zona de acção, o que invariavelmente conseguiu fazer.
  • Cocó (3): Sentiu grandes dificuldades para fechar o seu flanco, porém, subiu de produção e foi dos mais inconformados. Lutou até ao limite para evitar o desaire.
  • Rui (3): Deambulou entre a esquerda e o meio com diversas arrancadas de bom nível. Conduziu sempre bem os ataques colocando os seus colegas em posição de criar perigo na defesa adversária.
  • Hugo (3): Importante a varrer o meio-campo, o que fez com eficácia. Fez recuperações, circulou o jogo pelos médios e deu uma ajuda aos centrais. Boa exibição do “Cardoso” que teve capacidade para estar em todo o lado, até no ataque.
  • Leonel (3): Nota-se que está a subir de forma, embora não consiga atingir a regularidade de processos. Se é verdade que não sabe jogar mal, ontem a bola nem sempre passou por ele.
  • P. Santos (4): Foi o ponto artístico numa manhã em que conseguiu sobressair em relação aos seus companheiros. Pega na bola sem medo, não teve um lugar fixo, combinou com Verdasca e Hugo e tentou o golo várias vezes. Aos 65´quase assinava uma obra de arte: com pouco ângulo, fintou em jeito dois defesas, entrou na área mas foi derrubado… Seria um golo fenomenal.
  • Verdasca (3): Formou uma dupla que se revelou perigosa no ataque. Algumas vezes desacompanhado deu enorme trabalho aos centrais contrários. Merecia o golo.
  • Carlos Mendes (1): Entrou em cena para substituir Bruno, lesionado…valeu pelo esforço.
  • C. Sanches (1): Cumpriu a missão que era dar consistência ao meio-campo.

Carlos Mendes
21.03.2011

2 comentários:

  1. Ora muito bom dia a todos!
    É com pena que constato mais uma derrota, mas não tendo estado presente para assistir ao desafio, limito-me a dizer que " para a próxima será melhor"
    Aproveito para fazer um reparo: na avaliação jogador a jogador houve um lapso, não havendo avaliação do jogador Pedro Assunção, que mereceu um 4 .

    Beijinhos

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  2. Boas companheiros
    Desta vez estive presente embora o nosso companheiro Carlos Mendes ( comentador) o não tenha notado. Quanto ao jogo ,foi um jogo possível com a equipa possível, pensando eu que dada alguma qualidade
    Do adversário, o resultado até poderia ser uma igualdade, o que daria uma jus tez mais real. Quanto á classificação dado o que vi posso não concordar em algumas, mas são opiniões.
    Pra semana há mais
    Saudações
    JM

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