A Primavera é para muitos, considerada a altura em que se iniciam todos os preparativos para a tão esperada época balnear. Os dias mais longos e a temperatura mais amena convidam a dar um salto até à praia. Passear à beira mar, assistir ao pôr-do-sol sentado numa esplanada ou, até mesmo, dar um mergulho no mar.
De ondas magníficas e extenso areal, a Praia Azul, é ideal para praticantes de surf, tendo águas mais calmas no verão. É uma maravilha da natureza, que merece ser contemplada e adorada!
Foi neste cenário que o ANCCD organizou nos dias 26 e 27 de Março, mais um Convívio desportivo com a presença de muitos CCD´s.
Saímos cedo de Lisboa com um destino traçado e alguns desvios propostos. O principal: a Praia Azul, considerada uma das mais belas de Portugal. E depois disso, nenhum de nós dormiu antes de a conhecer em pessoa. O encanto, como tudo na vida, depende muito dos filtros solares. Acontece que a altivez e a sensualidade da Praia Azul fazem qualquer dia parecer mais solar. Daí ser essencial visitá-la nesta época do ano.
Não deverá demorar muito até surgir uma petição pública para elevar o restaurante da colónia da Praia Azul, a Património da Humanidade. Talvez a proposta seja demasiado fantasista ou fruto de um delírio associado à má ingestão de cogumelos da região. Mas a intenção está lá: há vários anos que o responsável pelo restaurante da colónia de férias solidifica a cultura gastronómica da região através do tempero dos seus pratos, garantindo a qualidade emocional da nossa memória (e estômago). A ementa popular é rica e saborosa: alface fresca, azeitonas regadas em alho e azeite, deliciosos pastelinhos de bacalhau, alheira de caça, entrecosto no forno com molho de alecrim e batatinha a murro, filetes com arroz de grelos, bacalhau com batata a murro. E as sobremesas, meu Deus, as sobremesas!
Depois de um jantar entre amigos nada melhor do que uma noite bem animada pela madrugada dentro.
O mundo está dividido entre pessoas que vão e pessoas que ficam. As pessoas que foram para o bar “A Mercearia” do amigo Pedro, tiveram tendência para aí permanecer. Surpreendidos pela decoração de antiga loja convertida em bar. O revivalismo está na moda…Divertimo-nos com a festa da neve ao som da música dos anos 80. Foi animação até de madrugada.
A equipa de futebol de salão, teve um sábado mágico, sublime e inesquecível com vitórias nos dois jogos disputados. O resultado de 4-1 sobre o CCD de Castelo Branco, podia ter sido mais dilatado, não fosse alguma displicência da equipa mas a goleada de 8-1 frente ao CCD de Coimbra foi a melhor maneira de quebrar o enguiço dos últimos jogos.
Mais. A vitória esmagadora e a exibição da equipa do CCD acabou com o fantasma recente de uma equipa coitadinha que tinha de ter todas as cautelas para não perder.
Aliás, Paulo Santos, Hugo e companheiros pareceram mesmo querer vincar essa ideia ao iniciar o jogo a toda a velocidade, com malabarismos e fantasia que irritaram especialmente a equipa de Castelo Branco, que parecia vir com indicações demasiado defensivas. Só que nem isso tirou força à equipa do CCD que chegou ao intervalo a vencer por 1-0, graças a um golo de Hugo Malheiro, após mais uma maravilha de Paulinho.
Uma vantagem merecida, apesar do adversário ter tido boas oportunidades para marcar.
Após o intervalo, dois balázios de Hugo deixaram o adversário KO e confirmaram que o CCD de Castelo Branco não tinha pedalada para o campeão de Lisboa.
O treinador Rui Santos tinha avisado que “há dias em que a história muda”, e no sábado, ela mudou mesmo.
A pressão exercida pelos jogadores do CCD retirou espaço ao opositor e, com a sua elevada qualidade técnica tudo se tornou mais fácil. Paulinho deu o primeiro sinal com jogadas assombrosas, mas para a festa ser completa, faltava um pequeno toque de magia, e ele chegou por intermédio de Hugo Malheiro, que satisfez a vontade dos muitos adeptos presentes no pavilhão da Praia Azul, e respondeu ao apelo do coração, marcando seis (6) golos nos dois jogos disputados.
No espaço de poucos minutos, o avançado do CCD bisou e garantiu a vitória. Como se isso não bastasse, Hugo tornou-se o melhor marcador com várias dezenas de golos, superando o anterior registo.
· EQUIPA DE FUTEBOL DE SALÃO UM A UM:
· DIOGO | ||
· LEONEL | · RUI | |
· C. SANCHES | · CÓCÓ | |
· HUGO | · P.MONTEIRO | |
· C.MENDES | · TÓ | |
· PAULO | ||
Táctica: 2-2 |
- DIOGO (4): Um, dois, três…quatro golos negados. Isto, sem culpa em qualquer dos dois golos sofridos. Transmitiu sempre segurança aos companheiros.
- LEONEL (4): Subiu, combinou jogadas com os avançados e esticou o jogo até à linha. Sempre com intervenções seguras.
- RUI (4): Bom jogo. Conseguiu descobrir espaços nas costas da defesa adversária e assistiu para o segundo golo. Teve o golo nos pés em duas ocasiões mas o guarda-redes não o consentiu.
- P. MONTEIRO (4): Foi dos poucos a ter gás do princípio ao fim. Sem problemas a defender, apoiou sempre o ataque com eloquência.
- HUGO (5): Há dias assim, em que tudo muda num ápice e se passa do razoável ao espectacular. Justifica cada vez mais o investimento do CCD. Fez a cabeça em água aos defesas adversários e marcou seis (6) golos.
- PAULO SANTOS (5): Realizou um belo jogo. Dá baile de olhos fechados, revelando-se uma permanente dor de cabeça ao adversário que só o conseguia parar com inúmeras faltas.
- CÓCÓ (4): Esteve sempre bem nas dobras aos seus companheiros e na capacidade de choque e até esteve perto de marcar.
- C. SANCHES (4): Entrou como sempre, recheado de vontade. Duro nas disputas individuais que travou, ganhou sempre sem ir à queima. Sereno e seguro.
- C. MENDES (4): Fez o que o treinador lhe pediu, pressionando os defesas adversários logo junto à área. Cresceu no segundo jogo.
- TÓ (4) : Fez dois remates à baliza, um para grande defesa. Animou o ataque do CCD mas a sua principal missão é defender. Como se diz em brasileiro, fim de papo!
A equipa de voleibol misto do CCD fez mais dois jogos e mais duas vitórias. Apesar das dificuldades causadas pelos adversários, o CCD foi mais coeso e eficaz nas fases decisivas, mantendo a invencibilidade. Esta época, é essa a tendência desta equipa nos torneios inter-CCD´s, continuando a somar só triunfos.
No sábado, não foi fácil derrotar o CCD da Guarda e o de Coimbra, mas os atletas de Lisboa, não vacilaram, revelando coesão defensiva e eficácia nas etapas decisivas do jogo.
Fustigados por alguns problemas físicos, a equipa do CCD sabia que uma derrota hipotecava praticamente a vitória no torneio. Por isso corrigiram os erros cometidos no segundo set – sobretudo ao nível do serviço e da recepção – e chegaram à vitória naturalmente. A vantagem conquistada no primeiro jogo trouxe algum relaxamento aos lisboetas, visível no terceiro set. Nesta fase, os visitantes arriscaram em serviços fortes, causando dificuldades na recepção, mas o CCD de Lisboa contou com a inspiração de Diogo. O bloco adversário foi incapaz de parar os remates certeiros de Diogo, João, Lena, Paula e Xana no último set. Posicionado junto à rede, Diogo está sempre pronto para concluir as jogadas de ataque da sua equipa, sendo raras as vezes que falha.
· A EQUIPA DE VOLEIBOL MISTO DO CCD UM A UM:
· JOÃO MALHEIRO | · LENA | · HUGO |
· XANA | ||
· PAULA PEDRO | · DIOGO | · CARLOS |
· JOÃO MALHEIRO (4) : Vários remates certeiros, com perigo, e bom bloco.
· HUGO (4): A sua visão periférica traduziu-se sempre em jogadas perigosas.
· DIOGO (4): Outro trunfo com grandes efeitos práticos. Poder de impulsão espantoso, voltou a ser preponderante.
· LENA (3): Serviço espectacular, sendo raras as vezes que falha. Bons pormenores com a bola nos…pés!
· PAULA PEDRO (3) : Demorou a acertar no posicionamento, mas subiu de rendimento.
· XANA (3) : Rubricou um bom jogo. Contribuiu para a vitória.
· CARLOS RODRIGUES (3) : Sempre bem colocado, foi um tampão.
CARLOS MENDES
29.03.2011
Bom dia!
ResponderEliminarEstá excelente o relato do fim semana na Praia Azul!
E cá para nós, venham mais festas da Neve
:-)
Excelente.
ResponderEliminarCada vez melhor a prosa do nosso "cronista residente".
Já não interessa a noticia do acontecimento, ressalta o primor da descrição mesclada de humor requintado.
Destaca-se cada vez mais.
Um abraço.
Boas pessoal, de facto para quem não foi a este convívio, e tenha oportunidade de ler esta crónica é como se tenha estado presente, o nosso relator não deixou nada ao acaso excepto uns pequenos
ResponderEliminarPormenores , o bacalhau estava um pouco salgado, o vinho era divinal, a neve não era muito fria etc.O Carlos Castro ao pé deste Carlos Mendes já era.
Saudações
JM